Necrópole das Casas Velhas

Toponímia: 

• Casas Velhas

Cronologia: 

Pré-História / Idade do Bronze (1700/1400 a.C.)

Medidas de protecção: 

• Pela sua importância arqueológica, este monumento foi classificado como Imóvel de Interesse Público, pelo Decreto nº 29/90, D. R. n.º 163, de 17 de Julho de 1990.

Estado de conservação: 

• Razoável

Descrição sumária: 

• Necrópole formada por 35 sepulturas organizadas em dois núcleos distintos. As sepulturas são de tipo cista, individuais, de planta retangular, raramente ultrapassando 1 m de comprimento e formadas por quatro lajes. Apenas uma sepultura, situado no núcleo sul, talvez pertencendo ao “fundador” da necrópole, era rodeada por uma estrutura tumular composta por vários blocos pétreos. Durante o ritual funerário, o morto seria colocado no interior da cista em posição contraída, acompanhado por um recipiente de cerâmica e apenas coberto com uma tampa monolítica. Porém, algumas sepulturas não ofereceram qualquer espólio. Duas amostras de osso foram submetidas a datação pelo método do radiocarbono, cujos resultados apontam para uma cronologia entre 1700-1400 a.C.

Síntese de intervenções: 

• Esta necrópole foi descoberta e escavada na década de 70 por elementos do Museu de Arqueologia e Etnografia de Setúbal, coordenados por Carlos Tavares da Silva e Joaquina Soares. Em 2011, no âmbito de uma candidatura a fundos comunitários, o Município de Grândola procedeu à requalificação deste monumento com a valorização dos acessos, construção de passadiços de madeira, instalação de proteção física e colocação de sinalética informativa.

Referência bibliográfica: 

• TAVARES DA SILVA, C. e SOARES, J. (1979): O Monumento I da necrópole do “Bronze do Sudoeste” do Pessegueiro (Sines). Setúbal Arqueológica, vol. 5, pp. 121-153.
• TAVARES DA SILVA, C. e SOARES, J. (1981): Pré-história da Área de Sines. Gabinete da Área de Sines, Lisboa.
• TAVARES DA SILVA, C. e SOARES, J. (2009): Práticas funerárias no Bronze pleno do Litoral Alentejano: o Monumento II do Pessegueiro. Estudos Arqueológicos de Oeiras, vol. 17, pp. 389-420.

Observações: 

Este monumento está requalificado e pode ser visitado. O espólio identificado encontra-se no Museu de Arqueologia e Etnografia de Setúbal.