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Estação Romana do Cerrado do Castelo
Toponímia:
- Cerrado do Castelo
Cronologia:
- Séculos I e III/IV d. C.
Medidas de protecção:
- Classificada como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto nº 67/97, D. R. n.º 301, de 31 de Dezembro de 1997.
Descrição sumária:
- Referida desde o século XVI como o Castelo, e identificada por Leite de Vasconcelos, a estação romana do Cerrado do Castelo foi, possivelmente, uma villa, mansio ou mutatio. Devido à construção de estradas e edifícios no lugar, uma grande parte dos vestígios foram destruídos ou soterrados. A partir de escavações realizadas em 1989 e 1990, foi possível identificar dois núcleos distintos, compostos por um conjunto de estruturas, designadamente uns balneários, que deviam corresponder a um tanque ou piscina (destruída) dois compartimentos delimitados por muros em xisto e quatro pequenos tanques. A um nível inferior do pavimento da piscina, foram descobertos dois fornos de produção de imbrices, formados por uma câmara de planta circular, constituída por lateres, alguns do tipo tubular, ligados com argamassa, sendo a base constituída apenas por terra argilosa, lateres fragmentados e pedras. No seu interior, para além de imbrices, foram identificados fragmentos de potes e pratos em cerâmica comum. Nas proximidades deste local (no Cerrado do Arraial) foi descoberta uma sepultura, formada por lateres, de onde foi exumado um colar de ouro com contas em berilo verde e um anel de sinete, que fazem parte do Museu Nacional de Arqueologia.
Síntese de intervenções:
- Estudada sumariamente por Leite de Vasconcelos, no início do século XX, esta estação foi, em parte, objeto de escavações nos anos 89 e 90, realizadas pelos arqueólogos Marisol Ferreira e João Faria. Na sequência desta intervenção, o Município de Grândola procedeu à vedação e sinalização do local. Em 2002 foram realizadas intervenções de salvamento no monumento no âmbito da situação de emergência decorrente da ampliação de alguns edifícios da Escola, abrindo-se 11 sondagens em três áreas distintas, sala polivalente, zona de aquecimento e portaria. Em 2009 foi alvo de prospeção devido ao projeto EIA – Subconcessão do Baixo Alentejo – Lanço 1 – IC1 Marateca (IP1) / IP8.
Referências bibliográficas:
- VASCONCELOS, José Leite de, Excursão Archeológica à Extremadura Transtagana, in “O Archeologo Português”, vol. XIX, Lisboa, 1914. FERREIRA, Marisol Aires / FARIA, João Carlos Lázaro, Estação Romana do Cerrado do Castelo, sep. da revista “Conimbriga”, vol. XXX, 1991, ed. da C. M. G.
Recinto da Escola Básica de Grândola