- Município de Grândola promove ações de proteção das aves na Lagoa de Melides
Município de Grândola promove ações de proteção das aves na Lagoa de Melides
O Município de Grândola, com apoio da Junta de Freguesia de Melides, iniciou hoje,6 de maio, mais uma ação de proteção de aves na Lagoa de Melides, criando zonas especiais de nidificação das espécies Andorinha-do-mar-anã* e Borrelho-de-coleira-interrompida**, que ocorrem entre maio e junho, devido à importância da preservação ambiental do ecossistema da Lagoa. O arranque da iniciativa, à semelhança do ano anterior, contou com participação dos alunos das turmas do pré-escolar, do Jardim de Infância de Melides, através do projeto de educação não formal do Município – emRaiz’Artes, continuando a proporcionar às crianças o conhecimento acerca destas espécies existentes no território onde vivem. A proteção é feita através da colocação de placas informativas e estacas em cana e corda para a delimitação e sensibilização à interdição da zona onde nidificam estas espécies, que fazem os ninhos na areia.
*A Andorinha-do-mar-anã (Sternula albifrons) é uma pequena ave marinha pertencente à Ordem dos Charadriiformes. É uma espécie migradora, cuja população da Europa Ocidental percorre duas vezes por ano o longo trajeto entre as zonas de invernada, na costa ocidental africana, e as áreas de nidificação, nas costas europeias.
Chegam ao nosso país no mês de Abril onde escolhem e preparam o local do ninho. Em meados de Maio realiza-se a postura de 1 a 3 ovos levando cerca de 20 dias de incubação. Em Junho as crias nascem, acabando por deixar o ninho com 4 a 5 dias de idade procurando refúgio em zonas com vegetação. Levam cerca de 20 dias até estarem aptas a voar. Entre Agosto e Outubro realiza-se a migração outonal. As crias migram acompanhadas pelos progenitores, sendo ainda alimentadas por estes 2 a 3 meses após efetuarem os primeiros voos.
**O Borrelho-de-coleira-interrompida (Charadrius alexandrinus) pertence à ordem dos Charadriiformes e é das três espécies de borrelho que ocorrem regularmente em Portugal aquela que tem as patas mais compridas. A maioria da população europeia inverna nas costas do Mediterrâneo e de África até ao equador, com populações importantes no Sul de Espanha, Sicília, Mauritânia (Banco d’Arguin), Marrocos, Tunísia, Egipto (Delta do Nilo), Sul da Turquia e Golfo Pérsico. O ninho, localizado relativamente perto da água, é constituído por uma pequena depressão escavada no solo, podendo ter algumas conchas e/ou pedras no seu interior. A postura, entre 2 e 4 ovos, é efetuada em Abril ou Maio, prolongando-se a incubação por um período de cerca de 26 dias.