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Comemorações do 110.º Aniversário da SMFOG
Dia 1 de Maio, 10h00: Hastear da Bandeira e Sessão Solene Comemorativa do 110.º Aniversário da Sociedade;
Dia 7 de Maio, 16h30, cine granadeiro: Concerto de Aniversário — interpretação do álbum «Cantigas do Maio», de José Afonso.
Francisco Fanhais e João Afonso, com a Banda Filarmónica da Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense — Música Velha.
José Afonso é convidado para cantar na Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense em 17 maio de 1964. No espetáculo canta pela primeira vez um poema dedicado a Catarina Eufémia, que terá sido gravado em 1971 no disco «Cantigas do Maio» com o título «Cantar Alentejano».
Impressionado com o espírito fraterno e democrático que ali encontra, José Afonso envia, dias depois da sessão, uma carta a José da Conceição, um dos responsáveis pela sua organização, em que junta o poema «Grândola, vila morena», dedicado à coletividade e a Grândola.
Este poema, feito canção, seria gravado em 1971 em Hérouville, num castelo-estúdio onde gravaram músicos igualmente importantes para a História da Música, como Sérgio Godinho, David Bowie, Pink Floyd, Jethro Tull, Fleetwood Mac, Cat Stevens, Iggy Pop, Elton John, Bee gees, entre outros, e publicado no disco «Cantigas do Maio», que marca a estreia de José Mário Branco na direção musical e orquestração de trabalhos de José Afonso.
Perante a relevância estética e histórica do disco «Cantigas do Maio», que foi considerado por críticos do semanário Se7e o Melhor Álbum de Sempre da Música Popular Portuguesa, e inclui a canção «Grândola, vila morena», utilizada como senha para o derrube da ditadura em 25 de Abril de 1974, e tendo em consideração as afinidades e coincidências entre as canções que o disco integra e a Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, o Observatório da Canção de Protesto (organismo resultante da parceria entre o Município de Grândola, entidade promotora, a Associação José Afonso, a Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, e os institutos da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical, Instituto de Etnomusicologia - Centro de Estudos em Música e Dança, e Instituto de História Contemporânea) encomendou, no quadro das comemorações dos 50 anos sobre este disco, um espetáculo dedicado à sua interpretação integral e à partilha de histórias que envolveram a sua gravação, protagonizado pela Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, Francisco Fanhais, cantor e músico que integrou o movimento de cantores de protesto surgido na década de 60 em Portugal e participou na gravação do disco «Cantigas do Maio», e João Afonso, um dos principais autores e intérpretes portugueses da atualidade.